Arquétipos

A explicação do que não pode ser descrito

Projeto Xaoz
13 min readOct 31, 2018

Os arquétipos são conceitos que precedem as coisas. São as ideias perfeitas, no mundo das ideias, intangível, que quando decaem para o mundo físico ou são presos em receptáculos materiais acabam perdendo parte de seu significado ou adquirindo imperfeições. Em uma definição Platônica, os Arquétipos seriam os moldes expostos à frente da luz, e enquanto meros mortais temos acesso apenas às sombras que se formam na parede de nossa caverna.

Imagem: algumas cartas do Tarot de Marselha por Jodorowsky.

Arquétipo

Modelo ou padrão passível de ser reproduzido em simulacros ou objetos semelhantes; tipo, paradigma.

Um arquétipo é o “molde” que há por trás de qualquer conceito ou objeto do nosso mundo. A rigor, não pode ser descrito completamente em palavras, pois qualquer tipo de linguagem humana é limitada e acaba por enxergar apenas um dos lados da questão. No entanto, por este mesmo motivo, várias linguagens e definições são válidas para um mesmo arquétipo, entendendo-se que são formas de descrever diferentes facetas do molde primordial.

Um exemplo de arquétipo é o Maná, descrito como Freud como uma energia antiga que possui sabedoria em qualquer campo do conhecimento, preferencialmente em todos, um polímata.

Imagem Arquetípica

Especialização, ramificação ou direcionamento do arquétipo; é somente uma parte deste, jamais o todo.

Quando um arquétipo é descrito por qualquer linguagem, apenas se enxerga uma parte do todo. Assim, há uma especialização daquela energia, ou o foco em uma de suas partes. Neste momento, o conceito ainda é geral, intangível, e não se manifestou, mas já foi filtrado e direcionado. Uma mesma imagem arquetípica pode estar ligada a mais de um arquétipo, e um mesmo arquétipo pode gerar mais de uma imagem arquetípica. Dessa forma, a análise de associações deve ser realizada de forma específica para cada característica que está sendo evidenciada, e não existe uma associação absoluta e unívoca.

Exemplos de imagens arquetípicas do Maná são o Hierofante, no campo da tradição e da religiosidade, e o Eremita, no campo da jornada individual pelo inconsciente.

Manifestação

Ato de dar a conhecer, de revelar (pensamento, ideia); expressão, revelação; personificação ou materialização.

Quando uma imagem arquetípica se manifesta, adquire qualidades e condições de contorno que permitem sua descrição completa e sua materialização no mundo físico, ou mesmo como personagem em uma obra de ficção. As manifestações são as formas pelas quais os arquétipos e suas imagens arquetípicas se apresentam como pessoas, objetos, entidades e personagens. Uma manifestação pode estar ligada a mais de uma imagem arquetípica e a mais de um arquétipo, e por outro lado uma mesma imagem arquetípica pode ter mais de uma manifestação. Tudo depende dos critérios usados na análise das associações.

Exemplos de manifestações de Hierofantes seriam os diversos Papas da Igreja Católica, e como manifestações de Eremitas podem ser citados Merlin, Gandalf e Dumbledore. O Rei Salomão é ora visto como Hierofante, ora como Eremita, e ainda por vezes como Imperador.

Conceitos ligados aos Arquétipos

Sincronicidade

Jung iniciou um estudo sistemático dos arquétipos que havia por trás de alguns sinais e símbolos vislumbrados em sonhos ou mesmo em obras de arte e peças literárias. Percebeu que muitas vezes um arquétipo poderia estar agindo sobre a vida de uma pessoa, a nível inconsciente, e que este arquétipo poderia despertar eventos simultâneos em diferentes campos da vida, com diferentes roupagens ou manifestações. O fato de sonhar com um elemento estava muitas vezes relacionado a uma necessidade emocional ou social, e ao mesmo tempo acontecimentos traumáticos poderiam gravar um símbolo nos sonhos ou mesmo um comportamento ou traço fisiológico.

Freud já havia estudado alguns eventos semelhantes, que publicou em seus livros, como o caso de Anna O. Uma paciente que não engolia uma situação em seu casamento poderia realmente não conseguir engolir alimentos. Uma vítima de estupro poderia passar a odiar ou ter medo de tudo o que estava à sua volta no momento do crime. Um sentimento reprimido poderia somatizar doenças em partes do corpo relacionadas ao sentimento.

Sendo assim, em um nível mais amplo do que a simples associação entre eventos, Jung construiu o conceito de sincronicidade: alguns eventos costumam acontecer juntos, e muitas vezes os mecanismos que há por trás não são — e nem precisam ser — compreendidos. Quando um arquétipo está vigente na vida de alguém, vários eventos relacionados a ele se manifestam em diferentes campos da vida.

Essa seria a lógica de funcionamento dos oráculos, quando um evento potencialmente aleatório (como tiragem de cartas embaralhadas) é influenciado levemente — porém decisivamente — por algo que está prestes a ocorrer.

Imagem: oráculo de Delfos, por Heinrich Leutemann.

Inconsciente Individual e Inconsciente Coletivo

O inconsciente individual seria aquele conteúdo que há na psiquê de cada pessoa, construído a partir de suas experiências, suas interações sociais, suas emoções e todos os eventos que aconteceram em sua vida, após análise pela sua lente de interpretação. O processo de individuação, segundo Jung, ocorre durante a infância, e é nele que a criança começa a reagir seus ingredientes internos para gerar seus próprios conteúdos, constructos mentais próprios, opiniões individuais e um inconsciente único que não mais é liderado pela opinião daqueles que a cercam.

Um exemplo disso seriam as fobias; por algum mecanismo desconhecido, algumas pessoas associam alguns elementos a sentimentos de terror e fuga, mesmo que todas as outras tenham uma associação diferente para aquele elemento. Os mesmos palhaços que divertem muitos podem ser o terror de alguns.

Funcionando paralelamente ao inconsciente individual, haveria um inconsciente coletivo que é o arcabouço básico de funcionamento de todos os humanos. Este inconsciente coletivo seria “instalado” no cérebro já durante seu desenvolvimento, na construção das diversas camadas do cérebro. Por este mesmo motivo, contém em si ecos de toda a informação gravada nos cérebros que o antecederam na sucessão genealógica, desde os primeiros seres-vivos aquáticos até os seres-humanos primitivos, passando por répteis e mamíferos. Como o inconsciente coletivo possui alguns símbolos básicos, há possibilidade de uma pessoa perceber símbolos e replicar informações mesmo sem ter tido nenhum contato com elas. Ainda, pode haver sonhos que têm uma interpretação básica e universal para a maioria dos seres-humanos, mesmo em culturas diferentes e sem que eles tenham contato entre si.

Um exemplo disso seriam as mandalas, formas voluntariamente escolhidas por diversas pessoas para representar seus conteúdos mentais, e que foram utilizadas por diversas culturas ao longo dos milênios, mesmo separadas espacialmente.

Imagem: mente humana e diversos planos mentais, Robert Fludd.

Estrutura da Psiquê

Alguns arquétipos representam partes básicas da estrutura da Psiquê, devido à sua função e à sua lógica de funcionamento. Dentre os principais arquétipos psíquicos, podem ser citados:

  • Ânima — é o elemento “feminino” (em termos arquetípicos, não relacionado a identidade de gênero ou genitais) da mente humana. Preza pela reflexão e pela passividade, analisando situações e muitas vezes não agindo por pensar muito. Em sonhos, pode aparecer como uma cidade na beira do mar, ou como uma mulher enigmática e virginal.
  • Ânimus — é o elemento “masculino” (em termos arquetípicos, não relacionado a identidade de gênero ou genitais) da mente humana. Preza pela ação e pela atividade, realizando ações e muitas vezes agindo antes de pensar. Em sonhos, pode aparecer como uma construção arquitetonicamente elaborada, ou como um homem agressivo e bestial.
  • Self — é o elemento que representa o propósito da vida de alguém, contendo a Verdadeira Vontade de uma pessoa, por trás de qualquer juízo moral ou máscaras sociais. Pode ser buscado pela quebra do ego, para que uma pessoa se entenda melhor. Em sonhos, pode aparecer como uma cobra (que vive no submundo e sobe à superfície) ou uma árvore (com raízes profundas e uma copa que alcança o céu).
  • Ego — é a máscara social que uma pessoa usa, ou a aparência que ela tem para si mesma, de forma consciente, mas que pode ser ilusória quando alguém não se compreende completamente. Em um sonho, pode aparecer como peças de roupa (ou a falta delas), ou como os dentes da frente (por vezes caindo).
  • Sombra — são os elementos que uma pessoa não quer enxergar sobre si mesma. Ao invés de ser combatida e exterminada, a sombra deve ser compreendida e absorvida, para que os aspectos sejam re-significados de forma benéfica, e utilizados da forma mais vantajosa possível. Em um sonho, pode aparecer como um inimigo, um antagonista ou um dragão.
Imagem: estrutura da psiquê segundo Jung, autor desconhecido.

Tipos de personalidade

Alguns métodos de análise de personalidade usam os tipos psicológicos definidos por Jung. De forma geral, os tipos de Jung são relacionados aos elementos Alquímicos, da seguinte forma:

  • Terra / Sensação — corpo físico, bens materiais, observação de fatos e dados, solidez, segurança, aspectos mundanos do mundo da matéria.
  • Água / Sentimento — emoções, comportamento passional, carinho, preocupação com o outro, relações interpessoais, empatia.
  • Fogo / Intuição — criatividade, projetos, imaginação, projeções, espiritualidade, iniciativa e ímpeto, construção de cenários hipotéticos.
  • Ar / Pensamento — razão, lógica, argumentos técnicos, exatidão, normas e procedimentos, rotinas, comunicação organizada.

Jung comenta que existem dois pares de elementos opostos, formando os eixos Sensação-Intuição e Sentimento-Pensamento. Neste sentido, pessoas com dois aspectos mais desenvolvidos terão maior dificuldade de controlar os dois aspectos opostos, e devem buscar evoluir pessoalmente na direção destes.

Uma pessoa com foco em Pensamento pode esquecer um pouco do Sentimento, e por isso parecer insensível e ríspida. Já uma pessoa ligada à Sensação, muito presa a fatos, não consegue imaginar coisas fora do mundo existente, e portanto deveria treinar sua Intuição e criatividade.

Imagem: tipos psicológicos de Jung e suas combinações, por Watchword Personality Test.

Exatamente por esses tipos psicológicos serem arquetípicos, se manifestam de diversas formas e podem ser descritos por várias linguagens. Sendo assim, foram criados testes de personalidade e ferramentas de comunicação usando estes tipos, por exemplo:

  • Método MBTI — considera que existem 16 tipos de personalidade, que são combinações de 4 aspectos com 2 opções para cada um, formando um código de 4 letras. Os pares de pólos utilizados neste método são Introversão/Extroversão (I/E), Intuição/Sensação (N/S), Pensamento/Sentimento (T/F) e Julgamento/Percepção (J/P). Cabe ressaltar que a segunda e a terceira letras (N/S e T/F) correspondem aos quatro tipos de Jung e aos quatro elementos alquímicos.
  • Método DISC — considera que uma pessoa tem maior ou menor tendência a ser Dominante (tem iniciativa), Influente (alta sociabilidade), Estável (constante, firme) e Conforme (segue normas e procedimentos). Mais uma vez, vemos os elementos Fogo, Água, Terra e Ar, nesta ordem.
  • Estilos de Negociação — considera que uma pessoa, em suas negociações com outras, adota um estilo Controlador, Analítico, Apoiador ou Catalisador. Vemos aqui associações com Terra, Ar, Água e Fogo, nesta ordem.
  • Elementos da Comunicação — este método entende que a comunicação tem alguns elementos básicos, que são Fatos, Sentimentos, Necessidades e Pedidos. Há correlação com Terra, Água, Fogo e Ar, nesta ordem.
  • 12 Arquétipos da Personalidade — esta outra caracterização abre cada um dos quatro tipos em três alinhamentos, do mais introvertido ao mais extrovertido, e assim são formados 12 tipos básicos de personalidade. No elemento Ar, temos o Inocente, o Explorador, o Sábio. Como Fogo, temos o Herói, o Fora da lei, o Mago. Em Água, temos a Pessoa Comum, o Amante, o Bobo. E em Terra temos o Prestativo, o Criador e o Governante.
  • 12 signos do Zodíaco — usando os 4 elementos (terra, água, fogo, ar) e 3 tendências (mutável, fixo e cardinal), foram definidos 12 arquétipos e escolhidas 12 constelações que cobrissem todo o céu visível para representá-los. Foi observado que as pessoas que nasciam sob a égide de cada signo tinham características similares, e que isso se manifestava em diversos campos da vida (Casas Astrológicas) e áreas da psiquê (Planetas).
  • Eneagrama — este é outro método de tipos psicológicos, que usa 9 alinhamentos principais. Os alinhamentos são Perfeccionista, Prestativo, Bem-Sucedido, Individualista, Observador, Questionador, Sonhador, Confrontador e Pacifista. Foi baseado em um diagrama já usado desde muito antigamente, e que diz-se codificar conhecimentos metafísicos.
Imagem: 12 arquétipos de personalidade, por Mentoring and Inspiration.

Jornada do Herói

Este campo, estudado de forma mais aprofundada por Joseph Campbell, diz respeito a elementos que se repetem nas mitologias de diversos povos por todo o mundo e por toda a História, e que de forma arquetípica acabam moldando os rumos das jornadas enfrentadas por deuses e heróis.

Segundo Jung, existem alguns tipos básicos de deuses e heróis, que vão adquirindo maior civilidade e intelectualidade ao longo do desenvolvimento das sociedades, da mais “primitiva” à mais “civilizada” (evitando-se hierarquizá-las por este critério). Os arquétipos de heróis seriam:

  • Trickster — heróis que não têm juízo moral ou definições de “bem” e “mal”, sempre fazem o que querem sem se importarem com a opinião de outros. Muitas vezes, conseguem o que querem por meio de trapaças e roubos.
  • Hare — heróis que têm um senso de dever firme, e vão em frente usando suas habilidades para alcançar os objetivos. Se fiam muito na velocidade, na habilidade e na astúcia, mas já apresentam um senso moral aguçado.
  • Red Horn — heróis que não só possuem senso moral mas também lutam para manter e defender este senso. Usam muito a força física, e também seu forte intelecto, sendo firmes e seguros, enfrentando os problemas de frente.
  • Twins — heróis que já obtiveram o equilíbrio interno, e por isso conseguem realizar seus feitos de forma ideal, com parcimônia e justiça. Podem ser gêmeos que se complementam, ou uma forte personalidade que possui em si duas polaridades equilibradas.

Os heróis também podem ser auxiliados em sua jornada por alguns personagens secundários, mas nem por isso menos importantes:

  • Maná — um sábio que aparece para prover guia ao herói. Pode ser um ancião, um mago, ou um oásis no meio do deserto da mente, e geralmente aparece em situações de grande perigo ou desesperança.
  • Psicopompo — um animal ou outro ser que guia o herói andando ao seu lado, geralmente externaliza pensamentos do próprio herói, dá dicas, e às vezes pode conhecer o ambiente melhor que o próprio.

Outros conceitos arquetípicos na jornada do herói são os momentos pelos quais ele passa, desde as dificuldades e vitórias iniciais, passando por sua noite mais escura, até chegar à sua vitória final e completa.

Imagem: Loki, o famoso Trickster da mitologia Nórdica, autor desconhecido.

Zeitgeist

Uma forma mais global de manifestação dos arquétipos seria o Zeitgeist, ou “espírito do tempo”. Este conceito diz respeito às discussões que estão em alta em determinadas épocas, e elementos que tendem a aparecer de forma concomitante em lugares distintos. Quando ocorrem, diz-se que a época está propícia para tal, e por meio dos estudos destas grandes tendências pode-se entender os acontecimentos passados, mas também prever eventos futuros. Nisto incluem-se tendências de pensamento, conquistas sociais, e até mesmo desenvolvimentos tecnológicos (alguns deles alcançados ao mesmo tempo por mais de uma pessoa, sem comunicação entre si).

As Eras Astrológicas são uma das manifestações possíveis do Zeitgeist.

Profecias

No que toca à previsão de tendências futuras, ou mesmo de possíveis eventos vindouros, as profecias muitas vezes se apresentam também de forma arquetípica. Isto significa que as profecias seriam, na maioria das vezes, metafóricas, e não necessariamente ocorreriam da exata forma que foram descritas inicialmente, mantendo-se apenas os arquétipos que estavam ali incluídos.

Na Bíblia, em Apocalipse, são observados eventos que podem ser associados a diversos acontecimentos históricos. Algo similar ocorre com as profecias de Nostradamus, e com os 30 Aethyrs descritos por Crowley em seu Liber 418.

Física Quântica

No campo da Física Quântica, os Arquétipos se apresentam de forma mais exata e específica: verifica-se que todo sistema está sempre em um estado de sobreposição até ser medido observado (função de onda). Quanto menor o sistema e maior sua energia ou frequência de vibração, ou seja, quanto “mais quântico” o sistema, mais diversos podem ser os estados que irá adquirir (autovalores da função de onda). Somente no momento da medição ou da observação o sistema decai para um — e somente um — dos estados possíveis, ou seja, “se manifesta” como uma das formas previstas (sistema físico). A coexistência entre estados é chamada “degenerescência”, e se apresenta na forma de pequenas variações (como em orbitais moleculares), ou mesmo na forma de estados com caráter totalmente diverso (como o elétron, que pode ser partícula ou onda).

O conceito de degenerescência é explicado metaforicamente pelo gato de Schröedinger, que enquanto está dentro de uma caixa se encontra em uma sobreposição de estados (morto-vivo), mas quando se abre a caixa só pode ser encontrado em um dos estados (morto ou vivo).

Imagem: o gato de Schröedinger por The Register.

Arquétipos na Magia

A aplicação dos arquétipos na magia, e em particular na Magia do Caos, é de vital importância para entender esta prática. Isto porque a conexão entre os rituais e os objetivos se dá por meio de arquétipos. Quando se move uma varinha sobre uma moeda, com a intenção e a energia correta, o magista pode estabelecer poder sobre o campo material de sua própria vida, pois arquetipicamente a varinha representa comando e a moeda representa matéria. Na Grécia eram realizados rituais de fertilidade com coito cerimonial, para que houvesse fertilidade na agricultura, baseando-se na conexão criada pelo arquétipo “fertilidade” em duas diversas roupagens.

Como explicado sobre a sincronicidade, não necessita haver algum mecanismo científico que faça a ligação entre o ritual e seu objetivo, é apenas necessário que os dois estejam conectados por um mesmo arquétipo ou imagem arquetípica. Sendo assim, qualquer linguagem pode ser utilizada, desde que haja intenção, energia, e os arquétipos sejam compatíveis.

Por: RoYaL.

Referência: C.G. Jung — O Homem e seus símbolos.

--

--

Projeto Xaoz
Projeto Xaoz

Written by Projeto Xaoz

Este projeto visa compilar, analisar e desenvolver as bases do conhecimento de sistemas mágicos. Leia mais em: www.xaoz.com.br

No responses yet